A visita à aldeia
dos índios Krahô era um dos momentos mais aguardados por todos nós, desde o início
do planejamento do projeto.
Partimos cedinho
para a aldeia Manoel Alves, que é uma das mais próximas da cidade na qual
estamos alojados. Fomos recepcionados por um grande número de índios, em sua
maioria kraés (crianças no idioma krahô).
Desenvolvemos
algumas atividades recreativas com as crianças, seguidas da oficina de
aquecedor solar e outra sobre a importância da reutilização de materiais
recicláveis para os mais velhos, na qual foi ensinado o desenvolvimento de uma
vassoura com garrafas pet. Os rondonistas da Unitau ficaram com a parte de
saúde; teste de glicemia, aferição da pressão e demais orientações.
Um dos momentos mais
marcantes foi quando fomos pintados pelos índios. A tinta usada é à base de
jenipapo (cor escura) e urucum (cor avermelhada) e cada desenho carrega consigo uma simbologia.
Acompanhamos também a
apresentação do cantor da tribo. Com uma melodia instigante e misteriosa, característica
dos krahôs, os rondonistas seguiram em coro o índio cantor.
Tivemos o prazer de
conhecer o Hotxuá, o palhaço sagrado da tribo. Ele é o índio Ismael, uma pessoa
muito bem humorada e simpática. Ismael nos levou até sua oca e contou-nos como
foi a participação da tribo no documentário dirigido por Letícia Sabatella,
HOTXUÁ (www.hotxua.com.br). Contou-nos
também sobre suas pretensões para ajudar na divulgação da cultura Krahô, como a
criação de camisetas e livros.
Apesar de manterem
seus traços culturais, a aldeia conta com escola, serviço de telefonia pública,
assistência médica e alguns índios já cursam o ensino superior.
A visita à aldeia
foi um dos momentos mais marcantes até o momento, tanto pela troca de
informações, quanto pela diversidade cultural.
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